A emancipação do cinema
A autonomia do cinema define-se aproximadamente na década de 1910. Até então, o género favorito era a comédia, que recorria, sobretudo, à linguagem e às técnicas cénicas do teatro.
É com autores como D. W. Griffith (1875-1966) que o cinema se emancipa e adquire uma linguagem própria.
Numa das suas obras mais importantes, "O nascimento de uma nação" (The Birth of a Nation), 1915, este realizador desenvolve a montagem com uma função narrativa - alternando várias dimensões do plano, aproximando e distanciando as personagens e quebrando a monotonia da câmara fixa no centro da ação.

"The Jazz Singer" é considerado o filme inaugorador do cinema sonoro, o primeiro filme com falas e canto sincronizado a partir de um disco de acetato.
Com a recessão do cinema europeu durante a I Guerra Mundial, Hollywood impõe-se como a «cidade do cinema» através da concentração dos grandes estúdios cinematográficos e da afirmação do cinema como uma indústria.
Institui-se o star-system, um sistema de «fabrico» de estrelas que encantam plateias. O advento do cinema sonoro vai, entretanto, revolucionar a produção cinematográfica, com a
Warner Brothers, a produzir o primeiro filme com cenas faladas. No entanto, o primeiro filme totalmente falado foi "Luzes de Nova Iorque", de Brian Foy (1928).